quarta-feira, 5 de março de 2014

Montando o cabeçote no motor da XT


Desta vez montei o cabeçote no motor. Alias, mais do que isto pois tive que montar antes a tampa do cabeçote e seus componentes.

Pode parecer uma tarefa simples, mas, não foi. Existem umas arruelas (que na verdade são molas) que são montadas no eixo dos balancins para tirar a folga lateral dos mesmos e estas, são bem chatas para montar.

Como o formato destas "arruelas" pressiona os balancins lateralmente, para passar estas arruelas (e suas protuberâncias) pelos furos da carcaça da tampa (local onde o eixo prende todo o conjunto), é preciso de muito paciência e perseverança. Mas, com calma, dá para fazer a tal montagem sem nenhum tipo de dispositivo que a facilite.

Outro detalhe importante que pude constatar é que todos os anéis de vedação tipo "o'ring" antigos estavam "cozidos", ou seja, sem capacidade de se adaptar aos furos ou flanges que vedam. Então, um conselho, sempre que desmontar algo desta região, troque-os para evitar futuros vazamentos.

Outro cuidado importante é aperto dos parafusos numa sequencia correta, subindo-se o torque gradativamente até o valor recomendado pelo manual. Isto evita o "empenamento" do cabeçote ou de sua tampa, garantindo perfeita vedação e funcionamento do motor. Eu, por experiência anterior, sempre aplico uma fina camada de graxa entre as faces de contato da junta e motor. Isto permite que, com o aperto dos parafusos, a junta se acomode de forma mais homogênea. 


A aplicação de Molycote nos eixos dos balancins, colos dos mancais do eixo de comando de válvulas, cames e  mancais também é muito importante. Mas, não esquecer de retirar os excessos para não danificar ou prejudicar a embreagem. Alias, observando o óleo que está dentro do motor, no meu caso, antes de ligá-lo, vou drená-lo e lavá-lo com óleo limpo, retirando qualquer pó que possa ter acumulado neste longo tempo que ficou aberto e o excesso de Molycote... usarei provavelmente um óleo mineral de baixíssima viscosidade, sem aditivo.

Voltando à montagem, antes de inciar os trabalhos, fiz o teste de estanqueidade do assentamento das válvulas nas sedes. Fiz da forma tradicional, utilizando combustível (no caso álcool que era o que eu tinha, mas, correto teria sido gasolina). Para este "teste", preenche-se a cavidade (duto) da válvula (por onde passa os gases) com este liquido e examina-se se há qualquer tipo de vazamento apresentado na câmera de combustão, entre a cabeça da válvula e a sede. Se houver qualquer marca de vazamento, o procedimento de assentamento de válvulas deve ser repetido para esta válvula em especifico. Depois do teste deixei o cabeçote "no sol" por uma boa hora para secar o tal combustível e apliquei uma boa camada de óleo para protegê-lo de oxidações.

O vídeo a seguir mostra o "passo-a-passo" dos serviços executados. 


Na verdade já estou alguns passos na frente, estou montado o "gerador" (ou magneto) e fechando a tampa, mas, além de ficar para uma postagem futura, ainda tenho duvidas em alguns itens que verifiquei e preciso solucionar primeiro. 

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