sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Cabeçote... exemplos de defeitos de fabricação

Para ajudar a mostrar os defeitos que comentei na postagem anterior, abaixo uma foto:


- O defeito apontado pela seta superior esquerda e parcialmente removido na inferior direita pela "micro-retifica" é originado pela emenda do macho de fundição (caixa de macho).
- o defeito apontado no lado direito é o de posicionamento do macho (está deslocado), causando um degrau.

Existem outros defeitos, como por exemplo (e sem foto), um "calombo" como se o "macho" estivesse "amassado". A rugosidade também é um resultado de qualidade da fundição (tipo de areia do macho).

A intensão é eliminar os defeitos, retirando o material e "arredondando os cantos" (tirando os degraus) e depois, polindo ou pelo menos melhorando o acabamento.

Quando eu terminar, mostro uma foto para comparação.

11 comentários:

  1. seu blog esta muito bom martin acompanho toda a semana

    ResponderExcluir
  2. Oi Martin, tudo bem?
    Eu me lembro que há alguns meses você comentou sobre a lubrificação do motor da XT. Eu estava pensando sobre isso, e surgiram algumas dúvidas com relação a lubrificação do motor frio. Veja bem, eu, quando ligo a minha motoca, jamais engato marcha e saio rodando antes de esperar alguns tempo, pois acredito que o óleo precisa esquentar um pouco, para diminuir sua viscosidade, e ele circular de forma eficiente no motor. Gostaria de saber a sua opinião com relação a isso, não apenas para a XT, mas para motores de moto em geral, ou seja, qual seria o procedimento mais correto ao se ligar a moto, e antes de sair com ela.
    Abçs.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Bergantini,
      Teoricamente, um bom óleo multi-viscoso se adapta a temperatura, ou seja, se é um 10W40, por exemplo, no frio se comporta como um óleo de viscosidade 10 e no calor, 40. Aquecer o motor não seria necessário, por causa disto. Se o óleo for do tipo sintético e com a faixa de viscosidade ainda maior, melhor ainda e menor os riscos.
      Porem, o óleo escorre pelas folgas quando o motor está desligado. E ao ligar, os canais estão vazios, ou seja, o motor liga e funciona algum tempo sem lubrificação. Se neste período "exigirmos" do motor, com certeza teremos desgastes desnecessários.
      Outro ponto / detalhe que me lembro: - motores em marcha lenta ou girando sem carga (que é o caso da fase de aquecimento e outros regimes) tende a "lavar" o cilindro removendo o óleo deste e aumentando o desgaste. Isto ocorrer porque os anéis não pressionam corretamente contra a parede do cilindro devido a falta de "pressão" dos gases dentro da câmera de combustão (a pressão pressiona o anel por trás fazendo-o se comportar como um mancal e criando um filme de óleo entre ele e o cilindro. - sem esta "força", o filme de óleo rompe e o anel "toca" no cilindro). Parece teórico mas, é real. O motor, quando ligado, deve ser colocado em marcha para a lubrificação do cilindro ser melhor.
      Último detalhe / ponto que me lembro: - motores frios estão com as peças em dimensões erradas, consequentemente, as folgas também estão incorretas. Cuidadosamente, mas, o mais rápido possível, a sua temperatura deve atingir a faixa de projeto para colocar estas folgas na faixa correta e permitir (também) um lubrificação correta.
      Ponderando toda esta "teoria":
      - um motor frio, quando ligado, deve ser posto para trabalhar imediatamente. Porém, nunca exigindo-se a máxima potência e grandes rotações (diria algo até entre 50 e 70%, no máximo, durante esta fase). Somente após temperatura de projeto ser atingida, poderá se exigir deste motor.
      - o uso de óleos multi-viscosos é importantíssimo. Se possível, aditivados com lubrificantes especiais que aderem nas paredes a serem lubrificadas, melhora ainda mais (aumenta a vida), como o caso do Molycote. Mas, não esquecer, a maioria das motocicletas não podem usar este aditivo por causa da embreagem banhada no óleo... O Militec pode ser o certo.

      No caso da XT:
      - o motor tem o tal circuito duplo e o tanque de óleo do quadro mantem "cheio" o circuito de lubrificação (e também por causa da válvula de retensão de esfera). Além disto, usa rolamentos em quase todos os lugares e estes precisam de quase nada de óleo para funcionar. Ou seja, motor ligou, já tem óleo circulando, os pontos críticos seriam o cabeçote (eixo de comando) e cilindro. Em outros motores, principalmente os de automóveis, o virabrequim é "por mancal de deslisamento" e estes precisam de óleo e na quantidade certa, sendo muito critico a partida. Na XT o mancal é de rolamento, ou seja, um "filminho" de óleo é o suficiente.
      Este tema desperta "conversas apaixonadas". Já vi vários pontos de vistas completamente opostos... Eu ligo o motor e saio, com moderação. Funciona, meus motores (de carro) giram mais do que a média dos motores dos demais proprietários. Mas, eu uso sempre o melhor óleo possível e troco "muito".

      Excluir
  3. Legal, Martin, obrigado pelos comentários!

    É verdade, o assunto "óleo lubrificante" grra discussões acaloradas nos fóruns que frequento, mas a maioria das opiniões é baseada em 'achismos'. Outro dia li o relato de um sujeito que colocou óleo de carro na moto dele e postou 'já rodei 200km e até agora está tudo normal'. Imagina, rodando apenas 200km não dá pra tirar conclusão alguma! Metodologia zero!

    Mas enfim, deixando as discussões de lado, eu estou começando a achar que estou fazendo errado com a minha moto, pois eu ligo o motor e fico algum tempo fechando a jaqueta, calçando as luvas, afivelando o capacete... E o motor funcionando...

    Me lembro que, quando eu trabalhava na Volvo, os manuais diziam que, com o motor em marcha lenta, a lubrificação era deficiente, e que não era para os operadores deixarem as máquinas ligadas por muito tempo nessa condição, uma cultura muito difícil de mudar, por sinal. Só que eu não pensei que isso também se aplicasse aos motores de moto.... Mas acho que você esta certo. Vou procurar diminuir o tempo entre dar a partida e sair com a moto.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Bergantini,
      O que era recomendado pela Volvo (para os seus motores) vale para os de moto, exatamente como comentou.
      Não precisa fazer disto um desconforto, ou seja, ligou "tem que" andar. Mas, evitar ficar ligado em marcha lenta por muito tempo, vai aumentar a vida...
      O óleo próprio para carro tem o problema relacionado a estes aditivos que não são muito compatíveis com a embreagem das motos. E, o regime de rotação e temperatura também são diferentes, consequentemente, serão aditivados de forma um pouco diferente...
      Realmente, 200 km não dá para observar muito... não foi nem um pouco "científico" o experimento dele...

      Excluir
  4. Martin sou aqui do RN tenho uma XT600 Ano 2002 quero comprar um cabeçote completo novo. você poderia me ajudar a encontrar um fabricante ou um site pra eu efetuar essa compra? aqui em Natal/RN e muito dificil encontra peças dessa danada...
    VLW

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Washington, um site que tenho usado para comprar peças originais, aqui no Brasil, é o da Poder Motos. Mande um e-mail com os códigos das peças para o Mauro que ele te retorna os preços. Tem saído rápido e bem em conta, principalmente quando comparado com as concessionárias. Seu e-mail é mauro@podermotos.com.br , ok?

      Excluir
  5. sr. martin boa e obrigado pelas dicas e como fazer o certo sem piorar o que ja esta ruim, e a dica de onde comprar as peças foi otimo , quando o sr. puder e se poder fazer a gentileza me de a sua opiniao que oleo devo colocar na minha xt600 95 gastei 4.000,00 reis de peça so no motor, e esta com 6. 000 km agora , eu to no yamalube 20w50 desde a retifica e de medo de danificar o motor to trocando o oleo a cada 1.500 km

    ResponderExcluir
  6. continuando. se o sr. acha que devo mudar para sintetico ouvi falar que o projeto da xt 600 e pra oleo mineral .muito obrigado ,antecipadamente eu agradeço a sua paciencia e cordialidade

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Valmir,
      Sobre lubrificantes, existente várias ideias e paixões sobre o assunto. o fato é que:
      - óleo sintético é SEMPRE melhor do que o mineral, para a mesma base de aditivação. A diferença entre óleo sintético e mineral stá na uniformidade das moléculas que o compõe, as do sintético são fabricadas, a do mineral são "separadas".
      - motores antigos não aproveitam todo o potencial do sintético, ou seja, "sobra qualidade do óleo" para este tipo de motor, que é o caso do da XT. Mas, mal não faz, muito pelo contrário.
      - Escolha o óleo de um fabricante bom tecnologicamente falando e feito para motos (isto é mandatório, por causa principalmente da embreagem).
      Eu escolho normalmente sintético e estou usando, para montagem, o Motul. Yamalube é bom e deve ter da Shell algum bom também. Se usar sintético e tiver que optar por viscosidades, para um motor novo é bom baixa viscosidade (10w50 ou menos).
      Motor novo bom trocar o óleo com maior frequência, como está fazendo. E filtro também...
      Ajudou?

      Excluir